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segunda-feira, 20 de abril de 2009

A burrice me incomoda

Definitivamente não gosto quando zombam das minhas crenças. Às vezes fica difícil de me controlar. Apesar de estudar e praticar a tantos anos a Bruxaria esta é uma prática minha, o que significa que nunca sai gritando aos quatro ventos que estava exercitando essas práticas. Como também nunca escondi aqueles que são mais próximos sempre souberam.

Sabiam, mas era algo muito distante deles e coisa sobre a qual nunca se interessaram muito em saber. Como nunca houve esse interesse eu nunca falei com eles sobre isso. De modo que esse diálogo nunca aconteceu.

Mas nos últimos tempos têm ocorrido fatos que me deixam muito desacomodada porque as pessoas acabam criticando sem conhecer ou pior, acabam achando que eu preciso convencê-las de que minhas práticas são “para o bem”.

A crítica quando bem fundamentada eu sempre a vejo com bons olhos, é sempre muito bem vinda na minha vida em todos os sentidos, mas levantar falsos juízos sobre determinada coisa é vazio, sem sentido, burro. E, apesar de ser burro, me incomoda. A burrice me incomoda.

Portanto, esse post de “cara feia” pode soar como um desabafo e até pode ser, mas é mais um pedido de socorro. Têm pessoas que esquecem de suas capacidades de pensar. Esquecem que temos essa capacidade maravilhosa de gerir pensamentos. Olha que fascinante!

Experimentem explorar essa nossa característica que, inclusive, é uma das características que nos diferencia dos animais...
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sexta-feira, 17 de abril de 2009

O rap da Bruxa

Bobeia comigo, bobeia... hahaha

(O rap da Bruxa - Oswaldo Montenegro)

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Proporcionando outra imagem aos infantes

Idéias que fazem a diferença... se a imagem da Bruxa que está no imaginário social como figura que pratica o mal foi elaborada, modulada, fabricada, produzida e, na atualidade, ainda é consumida, podemos produzir outras imagens dessa figura que desperta tanta curiosidade...

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domingo, 12 de abril de 2009

Milagre de Dorotéia

Histórias Extraordinárias, da RBS TV, apresentou neste último sábado, o Milagre de Dorotéia (pra assistir, só clicar aqui).

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Benzedeiras

A prática da benzedura se confunde com a história da minha infância. Como meus pais trabalhavam todo o dia, eu passava meus dias com a minha avó e a minha avó compartilhava o quintal com a minha bisavó. Então, ver a minha bisa benzer era algo muito comum pra mim e eu cresci nesse ambiente carregado de muita magia, muita crença naquelas palavras que fizeram toda a diferença e contribuíram na construção do que eu sou hoje.

E essa prática da benzedura, como é de costume, é uma tradição muito antiga e sobrevive através das gerações pela história oral. Foi assim também na minha família. Tanto é que hoje não é raro as pessoas procurarem pela minha mãe pra fazer algum tipo de benzedura tanto adultos como crianças.

Por isso tenho muito respeito e acredito muito nessa prática antiga da benzedura porque já vi muitas curas, já senti seus efeitos no meu próprio corpo e acredito que o poder da cura está na nossa capacidade de reinventar a nossa relação com as doenças e, neste sentido, a pessoa que benze, ela não só benze, mas trabalha essa nossa capacidade, ela ativa a nossa potência, coisa que a medicina tradicional, que também tem seu valor, não faz. Não acho que a medicina tradicional deva ser deixada de lado nos tratamentos, pelo contrário, acho que essa prática antiga pode ser aliada aos tratamentos.

Achei esse vídeo por acaso, mas aqueles acasos muito bons. Ele apresenta algumas senhoras bezedeiras aqui do estado do Rio Grande do Sul. É grandinho, mas vale a pena... fiquei emocionada, pois lembrei direto da minha bisavó. Então fica a dica.

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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Jovens que praticam a Wicca

Sempre na tentativa de desmistificar os equívocos no que diz respeito à Bruxaria, encontrei essa reportagem feita pela MTV Brasil com os jovens que praticam a Wicca. Eu como Bruxa sinto-me feliz em ver reportagens como essa que abordam a Bruxaria de modo sério e competente.

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domingo, 5 de abril de 2009

Por uma prática reinventada

Sim, sou uma pessoa apaixonada pela minha profissão, mas avalio que existem muitas práticas equivocadas e isso me dá possibilidades de problematizá-las, mesmo porque a profissão não está pronta. Ela se constrói cotidianamente.

É muito comum existir a defesa pela expressão do saber popular e que para isso é preciso a aproximação do saber erudito, “superior”, ele deve garantir a sua expressão, mas não são poucas as práticas equivocadas que atravessam a vida dos grupos e tomam como suas, ou seja, é preciso tomar cuidado de não falar, agir, decidir, julgar em nome dos grupos, mesmo que seja solicitação destes e, para isso, é preciso considerar e apostar na capacidade imaginante dos grupos mesmos. Esta capacidade que inventa e cria coletivamente as transformações de seus modos de vida. As suas revoluções.

Particularmente busco por uma profissão que se livre do comportamento com a rigidez da epistemologia, que reconheça os limites da ciência e se permita reinventar a relação com o conhecimento no sentido de não se sobrepor aos saberes e as histórias dos coletivos. Perceber que o discurso de igualdade é limitado no sentido que tenta tornar homogêneo o que não é, e que se permita abandonar receitas no momento que perceber que estas já não servem mais, já não dão conta de uma realidade que está constantemente se realizando.
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sábado, 4 de abril de 2009

Encantamento

Encantamentos são invocações rítmicas que visam provocar mudanças dos fatos, abençoar uma casa, carregar magicamente um instrumento mágico, banir energias negativas, etc. Existem encantamentos para praticamente todas as finalidades e tu podes criar os teus de acordo com as tuas necessidades. Esse, particularmente, gosto muito e sempre utilizo pra abençoar a casa.

Tocando o teto e tocando o chão,
Somente bênçãos aqui entrarão.
Abençôo a vela que ascendo neste instante,
Abençôo o livro que está sobre a estante.
Abençôo o travesseiro onde minha mente descansará,
E abençôo a lareira que a luz abrigará.
Que a paz deste lugar os amigos sintam ao entrarem,
Que três bênçãos levem na hora que a porta atravessarem.
Descanso para o cansaço e alegria para a tristeza.
Que a cada manhã possamos vislumbrar a beleza.
Batente, janela, peitoril, parede e portão,
Cerquem esta casa com a sua proteção.*

* Retirado do livro Wicca, A Religião da Deusa de Claudiney Prieto.
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sexta-feira, 3 de abril de 2009

Desmistificando os equívocos

Existem alguns pensamentos equivocados em relação à Bruxaria que foram fabricados e modulados ao longo dos anos e que, ainda hoje, permanecem no imaginário social. Então vamos tentar desmistificar alguns desses equívocos.

Nós Bruxas não somos anti-cristãs. Não somos contra nenhuma religião, respeitamos a todas para sermos respeitadas. Não somos contra o Cristianismo. Apesar das perseguições ocorridas no passado que obviamente produziram marcas, vivemos o tempo presente e o que exercitamos e esperamos em troca é o respeito às nossas crenças e práticas.

Não cultuamos o diabo que, aliás, é uma criação cristã. Nossas crenças e práticas remontam aos primórdios da humanidade, ou seja, anterior ao Cristianismo. Obviamente que atribuir à Bruxaria o culto ao diabo foi uma convenção social perfeita para discriminar sua existência e condená-la para que ficasse nas sombras do Cristianismo, porém, este nunca foi um culto nosso. Honramos e celebramos os Deus da Natureza.

Não sacrificamos animais nem pessoas. Não há sacrifícios sangrentos na Bruxaria.

Não praticamos nem somos condescendentes com nenhum tipo de abuso infantil;

Não somos um culto. Muitas bruxas praticam a Bruxaria de maneira solitária, portanto, não há seguimento de um líder.

A Bruxaria não incentiva a promiscuidade nem orgias sexuais. Entendemos que o ato de fazer amor é um ato sagrado, pois é um modo de celebrar a fertilidade da natureza que habita nossos corpos.

Não usamos drogas em nossos rituais. Pelo contrário, muitos são adeptos de uma alimentação e hábitos mais saudáveis.

Não somos proselitistas. Não vais encontrar Bruxas distribuindo panfletos sobre Bruxaria pelas esquinas. A opção pela Bruxaria é pessoal e singular.

Obviamente que práticas equivocadas existem em todas as crenças e com a Bruxaria não seria diferente. Estes são só alguns dos equívocos que giram em torno da Bruxaria. Esta escrita vem de encontro à tentativa desse esclarecimento, pois acredito ser interessante o conhecimento antes de formular qualquer idéia leviana sobre qualquer que seja a crença. Tendo em vista que este é um exercício contínuo, que possamos colocá-lo em prática cotidianamente para deste modo buscar sempre o esclarecimento antes de qualquer ataque.
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