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domingo, 12 de abril de 2009

Benzedeiras

A prática da benzedura se confunde com a história da minha infância. Como meus pais trabalhavam todo o dia, eu passava meus dias com a minha avó e a minha avó compartilhava o quintal com a minha bisavó. Então, ver a minha bisa benzer era algo muito comum pra mim e eu cresci nesse ambiente carregado de muita magia, muita crença naquelas palavras que fizeram toda a diferença e contribuíram na construção do que eu sou hoje.

E essa prática da benzedura, como é de costume, é uma tradição muito antiga e sobrevive através das gerações pela história oral. Foi assim também na minha família. Tanto é que hoje não é raro as pessoas procurarem pela minha mãe pra fazer algum tipo de benzedura tanto adultos como crianças.

Por isso tenho muito respeito e acredito muito nessa prática antiga da benzedura porque já vi muitas curas, já senti seus efeitos no meu próprio corpo e acredito que o poder da cura está na nossa capacidade de reinventar a nossa relação com as doenças e, neste sentido, a pessoa que benze, ela não só benze, mas trabalha essa nossa capacidade, ela ativa a nossa potência, coisa que a medicina tradicional, que também tem seu valor, não faz. Não acho que a medicina tradicional deva ser deixada de lado nos tratamentos, pelo contrário, acho que essa prática antiga pode ser aliada aos tratamentos.

Achei esse vídeo por acaso, mas aqueles acasos muito bons. Ele apresenta algumas senhoras bezedeiras aqui do estado do Rio Grande do Sul. É grandinho, mas vale a pena... fiquei emocionada, pois lembrei direto da minha bisavó. Então fica a dica.

1 O que me dizes?:

Unknown disse...

Que dica valiosa, Rita!!! Parabéns!!!

7 de outubro de 2011 às 20:49