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domingo, 5 de abril de 2009

Por uma prática reinventada

Sim, sou uma pessoa apaixonada pela minha profissão, mas avalio que existem muitas práticas equivocadas e isso me dá possibilidades de problematizá-las, mesmo porque a profissão não está pronta. Ela se constrói cotidianamente.

É muito comum existir a defesa pela expressão do saber popular e que para isso é preciso a aproximação do saber erudito, “superior”, ele deve garantir a sua expressão, mas não são poucas as práticas equivocadas que atravessam a vida dos grupos e tomam como suas, ou seja, é preciso tomar cuidado de não falar, agir, decidir, julgar em nome dos grupos, mesmo que seja solicitação destes e, para isso, é preciso considerar e apostar na capacidade imaginante dos grupos mesmos. Esta capacidade que inventa e cria coletivamente as transformações de seus modos de vida. As suas revoluções.

Particularmente busco por uma profissão que se livre do comportamento com a rigidez da epistemologia, que reconheça os limites da ciência e se permita reinventar a relação com o conhecimento no sentido de não se sobrepor aos saberes e as histórias dos coletivos. Perceber que o discurso de igualdade é limitado no sentido que tenta tornar homogêneo o que não é, e que se permita abandonar receitas no momento que perceber que estas já não servem mais, já não dão conta de uma realidade que está constantemente se realizando.

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